INFERTILIDADE/ENDOMETRIOSE
EM QUE ACREDITAMOS:
O estilo de vida moderno faz com que os casais busquem engravidar mais tardiamente.
Isto ocorre, pois o crescente desejo das mulheres jovens em adiar a procriação, seguirem seus caminhos profissionais, relacionamentos estáveis com condição socioeconômica mais favorável, tornou a gravidez tardia um fenômeno mundial.
Infertilidade é definida como a incapacidade de um casal engravidar após 12 meses com relações sexuais regulares (bem distribuídas ao longo do ciclo menstrual) sem o uso de métodos contraceptivos.
É natural, uma preocupação entre as mulheres, seu gradual declínio da fertilidade a partir dos 30 anos e queda acentuada após os 40 anos. Relação inversa entre a idade cronológica e reprodutiva observamos tanto na concepção natural como assistida.
A infertilidade acomete cerca de 10 a 15% da população em idade reprodutiva, lógico, se torna mais elevada ao avaliarmos mulheres com idade superior a 35 anos.
O binômio infertilidade/endometriose os estudos sugerem que no mínimo 50% das mulheres inférteis cursam com essa moléstia e que elas tem 8 vezes mais chances serem portadoras que as mulheres férteis.
Vários são os fatores que contribuem para a incidência da infertilidade, com grande destaque, a Endometriose.
Doença caracterizada por presença de tecido endometrial (película que reveste internamente o útero), fora dos limites uterinos. É estrogênio dependente, isto favorece o aumento gradual dos implantes ao longo da vida, portanto não somente associada a ciclos menstruais frequentes, mas ovulações frequentes.
Numerosos são os mecanismos que favorecem a infertilidade nessas pacientes, a saber:
- Função Ovariana: má qualidade dos óvulos
- Função Tubária:
distorções anatômicas com e formação de aderências.
- Função Espermática:
alteração na migração dos espermatozoides / fagocitose.
- Função Uterina:
Elo acausal entre endometriose e abortamento/formação de anticorpos anti-endométrio).
As principais manifestações clínicas quer de forma isolada ou associadas manifestam-se pelos 5 D’s:
- Dismenorréia:
cólicas menstruais intensas, não há como se considera-la um fato normal.
- Dispareunia:
dor na atividade sexual na penetração profunda, pontual, sempre intensificada 36 a 24 horas antes do seu período.
- Dor:
que acompanha seu período menstrual, embora não presente em todos os ciclos porque os mecanismos imunológicos do organismo podem atuar de maneira efetiva em alguns, mas não em todos.
- Disquezia:
alteração no padrão da evacuação sempre nos dias que antecedem os períodos, com sensação que irá evacuar muito, enquanto evacua pouco, ou vice-versa.
- Dificuldade de engravidar:
caracterizado após doze meses, principalmente na ausência do fator masculino (espermograma normal).
Exames de imagens são fundamentais (ressonância magnética e ultrassonografia com preparo intestinal para endometriose), confirmam o diagnostico e extensão/profundidade das lesões). Quando há indicação é cirúrgica, efetuadas por vídeo laparoscopia ou robótica direcionamos remoção completa de todas as lesões que por seu caráter multifocal podem acometer além da área ginecológica, com extensão a urológica, neurológica e colo proctológica sempre visando curar e reparar a pelve.
Há uma significativa relação entre a efetividade cirúrgica (completa remoção das lesões) e gravidez espontânea.
Nos casos em que a idade é mais avançada, a doença extensa e consequente reserva ovariana baixa, não perca tempo, combine com a fertilização in vitro, pois pulando algumas etapas e agora sem a doença, lógico, suas chances de engravidar aumentará de forma significativa.